Oi geeente!!! Tudo bem com vocês?
Vamos mudar um pouquinho de assunto? Precisava de uma ajudinha de vocês por aqui. Como havia comentado no post anterior, eu tinha outro assunto planejado para abordar.
É mais para uma troca de experiências e também para me abrir um pouco, e relatar esse meu trauma.
Bom... em 1996, em uma comemoração do Dia das Mães, saímos a noite para comprar uma pizza, eu, meu pai e minhas irmãs. Nos mudamos havia pouco tempo, era um bairro que ainda estava no começo e não tinha nenhuma pizzaria próxima, então enquanto minha mãe ficou em casa, meu pai nos chamou para ir de carro até uma pizzaria em um bairro vizinho. Na época, meu pai tinha um Fiat 147, era o seu segundo carro. Estávamos voltando pra casa com uma pizza bem cheirosa e quentinha, eu estava no banco da frente, sentada em cima das pernas com a pizza no colo e minhas irmãs dormindo no banco de trás.
Chegando próximo da nossa casa, só lembro de uma luz vindo do meu lado, e de gritos. Lembro de ter passado a mão no rosto do meu pai e perguntado se ele ainda estava vivo. Ele respondeu que sim, aí comecei a gritar por socorro. Minhas irmãs me seguiram. Um motorista que dirigia alcoolizado não respeitou a preferencial e bateu na lateral do passageiro, bem do meu lado. A pancada foi muito forte, nosso carro deslizou na rua, atravessou para o outro lado e caiu de bico em uma valeta, ficando com as rodas traseiras suspensas. Eu, com oito anos na época, quebrei minha clavícula e cortei a boca. Minhas irmãs nada sofreram. Meu pai quebrou e cortou feio o nariz, cortou a cabeça, lesionou uma das vértebras e teve que usar colar cervical.
Tenho péssimas lembranças desse dia, lembro do meu pai sangrando, minhas irmãs chorando, todas eram pequenas na época. Fui até a minha casa avisar minha mãe, com a clavícula quebrada, correndo pra chegar a tempo. Foi um trauma muito grande na minha vida.
Pois bem, passados quase 20 anos, ganhei de presente do meu pai o curso para tirar a habilitação, que era o meu sonho. Passei por todos os processos com sucesso, não tive nenhum problema, sempre fui uma aluna muito dedicada e atenciosa. Quando fui aprovada, dirigia em lugares próximos, sempre acompanhada do meu pai (sempre com meu pai). Não tinha medo, queria sair dirigindo por tudo e mostrar pra todos do que era capaz.
Porém, algum tempo depois, uma noite eu e o Maycon fomos visitar meus pais e na volta pra casa, quase fomos atingidos por um motorista com as luzes apagadas e em alta velocidade.
Foi como um filme, aquele vulto vindo na minha direção, novamente do lado do passageiro. O susto foi tão grande que fiquei sem palavras e só chorava, cheguei em casa e fui ao banheiro e de tão grande o susto, meu xixi saiu com sangue. Foi aí que travei de vez pra dirigir.
Não me sinto segura dirigindo, tenho a impressão que todos vão bater no meu carro, que eu vou sair por aí atropelando todo mundo. O Maycon acaba me deixando mais nervosa ainda, pois ele quer que eu dirija como ele, que saia por aí igual "piloto de fuga". Eu choro, eu tremo, passo muito mal. Com meu pai me sinto um pouco mais segura, ele é muito calmo e centrado, tudo pra ele é "não tem problema, deixe que esperem"... Mas mesmo assim é difícil.
Já tentei relaxar, tentei ouvir música agradável, mas no meu primeiro obstáculo, já paro e vem aquele pânico. Em lugares próximos, sem movimento, não vejo problema algum.
Só que isso me incomoda, é muito ruim depender do marido para ir em todo e qualquer lugar, às vezes quero sair, por exemplo, ir ao shopping com minha mãe, levar minha vó para ver o apê, sair dar uma volta com a minha sobrinha. Pra tudo eu dependo da boa vontade do marido, e esse tipo de programa, ele nem curte.
Já pensei também em fazer essas aulas para habilitados traumatizados, com um instrutor bem legal e tudo, mas eu sinto vergonha de fazer alguma "coisa errada" e ficar feio pra minha cara. Quando falo sobre isso, tiram sarro, dão risada, mas realmente é um trauma muito grande, e parece que é difícil de entender, de se colocar no meu lugar.
Será que por acaso teria alguém por aqui com este mesmo problema?
Alguma dica, algum ritual, rsrs?
Oi Aline! Que coisa hein, você deve ter uma trauma mesmo em virtude do acidente =/ Mas se você começar a dirigir aos pouquinhos você consegue! quando não se tem experiencia no volante é normal ter medo...Beijus
ResponderExcluiraliii acho q se vc pegae direto n vai mais ter medo....boraa laaa :)
ResponderExcluirOlá sou o Maycon marido da Aline.
ResponderExcluirE estou aqui pra falar que eu sempre a incentivei a dirigir.
Sempre quis que você dirigi se. E tudo o que eu falo pra você fazer é por que eu confio totalmente na sua capacidade e competência.
E saiba que te AMO demais.
Ai Aline... nem me fale em direção pois eu congelo.
ResponderExcluirTenho carteira de habilitação, dirijo bem mas quando isso me é imposto, parece que eu passo mal, minhas pernas começam a tremer, sinto um calar frio, parece sindrome de pânico. Só de imaginar os carros na rua e as adversidades que vou ter que passar já basta pra me deixar pra baixo.
Eu acho isso ruim, pois dirigir é tão bom, dá uma sensação de liberdade.
Eu espero um dia tirar esse medo da minha vida! rsrsrs
Meu noivo me incentiva direto, mas se não vir de dentro de nós, nada flui.
Bjos e boa sorte. Tenha fé que isso passa, e deve né, rsrsrs
Oi Aline,
ResponderExcluirVim agradecer sua visita e conhecer seu cantinho.
Vou explorar mais um pouquinho por aqui. =)
Beijos e boa quarta!!
Oi Aline, você já pensou em procurar algum tipo de acompanhamento para te auxiliar com essas questões?
ResponderExcluirImagino que tenha sido e seja muito difícil pra você... espero que consiga superar!!
Beijos
Oi flor
ResponderExcluirMenina que trauma...nunca passei por isso e imagino como deve ser horrivel.
Mas tbm tenho medo de dirigir...nao consigo achar graça em estar atras de um volante,rsrsrsrs no comando sabe...
Pq vc nao procura ajuda nesta opção que vc disse...se algo especializado na area de traumatizados vc nao tem o porque de se envergonhar...
bjo